terça-feira, 10 de maio de 2011

II. HISTÓRICO E EVENTOS


O modelo de crescimento adotado após a segunda guerra mundial revelou-se rapidamente pela sua amplitude como um agente de quebra do equilíbrio ecológico. No final da década de 60 os países industrializados experimentavam um acelerado processo de degradação ambiental, o crescimento das atividades de produção e consumo e, um grande aumento de lançamento de resíduos nos diversos meios receptores (atmosfera, águas subterrâneas e superficiais, solos), causado principalmente por sistemas de produção que negligenciavam os cuidados necessários ao meio ambiente.
Os nítidos sinais de perda de qualidade de vida desencadearam inquietações internacionais em relação ao meio ambiente. De maneira que o despertar sobre os problemas ambientais pode ter sido como marco inicial o ano de 1962 com a publicação do livro SILENT SPRINT – Primavera Silenciosa, da Americana RAQUEL CARSON, onde ela expõe o problema do uso intensivo dos pesticidas na agricultura e mostra o desaparecimento das espécies.
Em 1968 é realizada em Paris a conferencia sobre Biosfera. Essa conferencia resultou no programa “Homem e Biosfera” da UNESCO.
Em 1971 o CLUBE DE ROMA, cujas atenções eram direcionadas para as questões ambientais, lançou o relatório: “Limites do crescimento”. Este documento alertava a comunidade mundial sobre o problema do crescimento demográfico, do envenenamento dos recursos hídricos e possível colapso da produção agrícola e industrial.
O programa e o estudo e as pressões dos movimentos ambientais, na época, em plena ebulição, sensibilizaram a ONU que convocou em 1972 a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Humano, realizada em Estocolmo na Suécia, onde os países desenvolvidos começaram a demonstrar a preocupação com a escassez de recursos naturais, e a poluição industrial. Sem dúvida a realização da referida conferência foi o marco decisivo onde o mundo acordou para os problemas ambientais.
A posição oficial do Brasil na referida conferência era que o desenvolvimento poderia continuar de forma predatória, e convidava as indústrias poluidoras a se instalarem no Brasil, com preocupações secundárias em relação às agressões à natureza.
A educação ambiental foi um dos principais resultados da “Conferência”. Na ocasião foi elaborada a “Declaração sobre meio Ambiente”, que expressa a necessidade de se adotar princípios comuns que sirvam para inspirar e orientar a humanidade na preservação e melhora da qualidade do meio ambiente e, também foi reconhecida como instrumento decisivo para promover as mudanças necessárias.
Vários outros encontros internacionais foram realizados, tendo como preocupação central a ampliação da educação ambiental em todos os países pertencentes a ONU e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura - UNESCO.
O Brasil cria, em 1973, a SEMA – Secretaria Especial de Meio Ambiente, como resposta institucional as afirmações desastrosas do embaixador, assim como para atenuar a imagem negativa que o Brasil havia difundido em Estocolmo.
Em 1974, surgem os OEMAS –Órgãos Estaduais de Meio Ambiente, como uma política ambiental voltada para o controle da poluição decorrente da poluição industrial em 1975, a política ambiental foi contemplada, no planejamento econômico do governo federal, II PND.
Apesar de ter sido uma recomendação da Conferência a criação de um Programa Internacional de Educação Ambiental – PIEA, para enfrentar a crise ambiental do planeta, somente, após três anos, no ano de 1975, acontece em Belgrado – Iugoslávia, o encontro Internacional de Educação Ambiental. Esse encontro teve como resultado a formulação do referido programa.
Em 1977, acontece em Tbilisi, na Geórgia – ex União Soviética, a Primeira Conferência Intergovernamental Sobre Educação Ambiental. Esse evento foi o ponto culminante da Educação Ambiental.
No Brasil, na década de 80, a educação ambiental passou a ser um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Em 1988, com a promulgação da constituição brasileira, reconheceu-se em nosso pais que:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado”, bem de uso comum do povo, e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade o dever de “defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”;  cabendo ao poder público promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização  pública para  preservação do meio ambiente”.
No ano de 1987, é lançado um dos mais importantes documentos da década sobre meio ambiente e desenvolvimento - RELATÓRIO DE BRUNDTLAND –NOSSO FUTURO COMUM.
Em 1991, outro documento muito importante “NOSSA PRÓPRIA AGENDA”, o qual promove uma visão geral da problemática ambiental da região do Caribe e da América Latina.
O Grande Encontro – 1992 - conferência Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Rio 92, evento com representantes de 179 países, onde se discute os compromissos consensuais entre os países para se promover um desenvolvimento sustentável para o mundo no século XXI. Desse encontro resultou vários documentos e um deles a Agenda 21, documento com 70 paginas e 40 capítulos, contempla a Educação Ambiental em seu capitulo 36: PROMOÇÃO DO ENSINO DA CONSCIENTIZAÇÃO E DO TREINAMENTO.
Em 1994 é lançado no Brasil o PRONEA PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, que seria desenvolvido pelos Ministérios da Educação e Cultura e do Meio Ambiente.
Vinte anos depois de Tbilisi, e cinco anos após Rio 92, em 1997 ocorre a lº Conferência Nacional sobre Educação Ambiental (lº CNEA) – Brasília –Brasil.

16 comentários:

  1. A Educação Ambiental levada a sério pelo menos nos papéis, nos documentos, mas no dia a dia não é bem assim, pois continuamos abarrotando os tais 'aterros sanitarios' com materiais recicláveis, várias iniciativas para se mascarar grandes 'lixões' através de 'projetinhos' camuflando-os como aterros sanitários, até quando? Junho, julho de 2011 está bem próximo e vejo uma ou outra iniciativa de se elaborar o Plano de Residuos Solidos q deverá ser apresentado para as autoridades e para a sociedade... Até quando estaremos deitados em berço esplendido??? A educacação ambiental tem um grande desafio pela frente, 'recriar' cidadãos... afinal de contas, todo mundo é consciente, o q falta é sensibilidade para assumir o certo e o errado!

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  2. A raiz do dilema ambiental está na forma como aprendemos a pensar o mundo: dividindo-o em pedaços. E hoje, que o planeta já está ao mesmo tempo unido e fragmentado, começa a se desenvolver uma ética do gênero humano, para que possamos superar esse estado de caos e começar, talvez, a civilizar a terra.
    Dizem que no Brasil certas leis “pegam” e outras não. Em 27 de abril de 1999, quando o então Presidente da República, Fernando Henrique
    Cardoso, sancionou a Lei 9.795/99, que “dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências”, o fato foi festejado entre educadoras/es ambientais de todo país. No entanto, sabiam que havia um longo trajeto a percorrer para garantir uma mudança efetiva no contexto brasileiro, para levar a EA ao cotidiano de brasileiras/os.

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  3. Marialva da Conceição Araújo12 de maio de 2011 às 09:13

    Eu aposto com firmeza na Educação Ambiental,mas com o intuito de sensibilizar, não de conscientizar, pois na opinião de muitos, inclusive a minha, acredito que a partir de uma determinada idade todos nós temos consciência; jamais esquecerei de uma propaganda sobre lixo onde o cidadão jogava-o na rua, porém, olhava para os diversos ângulos se alguém o observara, eis a questão, tem ou não tem consciência?

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  4. Inaê da Rocha Pereira Loureiro12 de maio de 2011 às 09:20

    A educação ambiental é uma importante ferramenta das ações em prol do meio ambiente, é através dela que preparamos e ensinamos as futuras gerações a conhecer e preservar o meio ambiente. Historicamente, conforme aborda o texto, não havia essa preocupação sendo que no decorrer dos anos e de eventos pontuais na história percebeu-se a relevância da natureza e sua relação com o homem. Assim a educação ambiental é um meio de planejar a preservação a médio e longo prazo, devendo ser utilizada em larga escala tanto pela mídia quanto pelas políticas públicas.

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  5. Sean da Silva Pereira Loureiro12 de maio de 2011 às 09:27

    Paulatinamente, os paises ditos “desenvolvidos” perceberam quão prejudiciais e nocivas foram suas atitudes em relação ao meio ambiente. A educação ambiental, nesse contexto, assume um papel ativo e preventivo na conservação do meio ambiente. Cabe aos governos de um modo geral, investir na educação ambiental, pois e com esse tipo de atitude que cidadãos responsáveis e preocupados com o futuro do planeta se formam.

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  6. Nadr de Almeia Matos15 de maio de 2011 às 09:16

    Conforme dados históricos sobre a evolução da preservação ambiental;livros foram editados, conferências aconteceram,ógãos foram criados,mas se a população,entidades de classe e governo não se unirem para um único objetivo que é preservação Ambiental e a melhoria da qualidade do meio ambiente,catastrofe continuarão acontecer como por exemplo a do Japão que matou muitos seres humanos.Então a Educação Ambiental é a base para cosncientizar a população mundial.

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  7. O Brasil é um dos pioneiro quando o assunte é Meio Ambiente, sendo um dos mais atuantes nessa questão, seu comprometimento e inquestionável. No entanto, esse comprometimento fica restrito ao acordos, agendas internaiconais, normas, instrumentos reguladores que na prática não possuem a eficácia tão almejada. Podemos observar isso nas práticas não ambientalmente corretas adotadas pela sociedade, como exemplo o descarte do lixo urbano, desmatamento, poluição veicular, de rios, etc...

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  8. o Brasil era para ser o pais mais bem sucedido na questao da Educaçao ambiental de sua populaçao, no entanto nao e, infelizmente.

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  9. Através da Educação Ambiental, temos uma importante ferramenta em prol do meio ambiente, é através dela, podemos conscientizar nos jovens e mesmos os adultos da grande importância em Preservar a Natureza.

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  10. Bárbara B B S Nogueir23 de maio de 2011 às 06:57

    A educação Ambiental, deve ser trabalhada desde pequeno, e não apenas nos papel, e sim com atitudes. As grandes potencias, não querem para de produzir, ou gastar mais na produção, com tecnologias que degradem menos o meio ambiente, mas querem que paises como o nosso não produzam para conservar o meio.
    Cada um deve fazer sua parte, sem interferir no que outros paises decidem sobre o que é melhor para a sua população.

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  11. É ilusão se falar em educação ambiental em um país que ocupa o 88º lugar de 127 no ranking mundial em qualidade em educação, atrás de países como Equador e Bolívia.
    O grande vilão do meio ambiente é a ignorância do povo, que por falta de informação e conhecimento degrada o solo, polui a água e o ar.
    Conversa bonita não resolve o problema. O governo precisa tomar medidas concretas como a mecanização do homem do campo, saneamento básico e fiscalização efetiva.
    O meio ambiente é um bem comum, coletivo, e o ser humano é egoísta por natureza.
    É preciso um nível de consciência elevado para que as pessoas passem a se preocupar com o coletivo.
    E a triste realidade, é que o homem só aprende pela dor, ou seja, quando sente a dor no bolso quando é multado e penalizado pela legislação ambiental.
    "Nós pega o peixe" como diz a cartilha do MEC. O povo não sabe nem falar direito, quanto mais de que precisa de uma carteira de pescador para pescar...

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  12. Acredito, que no dia em que Educação Ambiental, passar a ser materia obrigatória nas escolas, inclusive nas universidades, o povo brasileiro passará a se comportar melhor em relação aos problemas ambientais.

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  13. Educação Ambiental é o carro chefe de qualquer instituição, não apenas as que lidam com os processos do Meio Ambiente, mas dentro das repartições públicas, empresas privadas, salas de aulas e iniciativas domésticas, tudo isso vai colaborar com a coletividdade em ajudar às práticas ambientais.

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  14. A população brasileira necessita de educação, não só a ambiental, mutos não sabe o que proibido ou não, mais a a constituição diz que ninquém pode dizer que disconhcer a legislação como beneficio, como pode se ainda temos brasileiros de todas as idades analfabetos.
    Falta muitas coisas no Brasil, para que alcançarmos um equilibrio entre os seres humanos e o meio ambiente.

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  15. Sem dúvida, a educação ambiental é um componente importantíssimo na formação do indivíduo, é por meio dela que se pode promover a melhoria e o controle do meio ambiente, bem como desenvolver valores éticos, atitudes e soluções.

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  16. A educanção ambinetal é uma das ferramentas fundamentais para a consientização ambietal. Mas sabemos que fica difil explicar a um pai de familia, passando necessidade e analfabeto a importancia de não derrubar uma arvore para vender e matar sua fome.

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